Segundo o órgão, a mudança foi decidida na última quarta-feira (2) depois de uma reunião entre a coordenação de campanhas antirrábicas e veterinários das vigilâncias sanitárias municipais, alegando que o Ministério da Saúde não divulgou os resultados dos resultados dos exames laboratoriais dos lotes das vacinas que causaram os óbitos em cães e gatos.
De acordo com a chefe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da Secretaria municipal de Saúde de Niterói, Alessandra Gomes Pereira, até outubro, o Ministério da Saúde, responsável pelo repasse das vacinas para os municípios, terá tempo de examinar todos os lotes das vacinas para a avaliação. Só, então, poderá ficar comprovado se houve reação alérgica dos animais ou se a vacina sofreu alguma contaminação durante o transporte, acomodação ou manipulação.
Mortes
Em agosto, a cidade do Rio registrou a morte de um cachorro em decorrência da vacina contra a raiva. De acordo com a direção do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), outras três mortes, sendo de dois gatos e um cachorro, também podem ter relação com a primeira dose da vacina.
A presidente da Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa), Izabel Nascimento, diz que já recebeu diversas denúncias e reclamações de donos de cachorros e gatos alertando para a mudança do comportamento e da saúde dos animais após a vacina.
Reações à vacina
Segundo o Centro de Zoonoses do Rio, a vacina pode gerar alterações no organismo dos bichos, como febre, dor e mudança de comportamento, por até três dias.
O órgão recebeu alguns relatos de donos de animais, principalmente de gatos, alegando que os bichos apresentaram reações à vacina. O diretor do CCZ, Fernando Ferreira, explica que após a primeira dose da vacina, um cachorro morreu de choque anafilático.
“Esse cão morreu 30 minutos após receber a vacina. Estamos investigando outros três casos, mas estamos com dificuldade de esclarecer, porque precisamos do corpo para fazer a necropsia”, relatou o diretor.
Mais de 75 mil cães foram vacinados
Na primeira fase da campanha, foram vacinados mais de 75 mil cães e as reclamações chegaram a 0,66%. Cerca de 20 mil felinos também receberam a vacina e quase 2% passaram mal, após a aplicação.
A raiva está erradicada há mais de 20 anos no Rio e a vacinação de animais é importante para conter a forma humana da doença. A vacina antirrábica é dividida em cinco etapas. Em caso de dúvidas, o CCZ pede que os donos de animais liguem para o telefone: (21) 3395-1595.
03/09/2010 16h00 - Atualizado em 03/09/2010 16h00
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